A ideia básica do índice é que um Big Mac deve custar aproximadamente o mesmo em qualquer país. O Índice Big Mac não é uma medida perfeita de PPP (Paridade do Poder de Compra) porque considera apenas uma mercadoria e não leva em conta outros aspectos, como moradia, transporte e assistência médica. Mas ele dá uma ideia geral da acessibilidade relativa de bens e serviços em diferentes países.
Onde tudo começou?
Em 1986, a revista The Economist criou uma maneira simples de medir o valor das moedas em todo o mundo. Eles compararam o preço de um Big Mac no McDonald’s e criaram o Índice de Poder de Compra.
Por que esse hambúrguer em particular?
Os mesmos ingredientes (pães, carne, vegetais, molhos etc.) são usados para fazer o “sanduíche”, o que permite comparar os preços desses produtos simples em diferentes países. “Simulando” ao mesmo tempo a cesta de alimentos consumida pela população.
O Big Mac é vendido em muitos países do mundo e tem uma receita, peso e tamanho rigorosos.
Vale esclarecer que o número não está entre os oficiais, mas é conhecido em praticamente todo o mundo. Parece que uma ideia de brincadeira acabou se transformando em um bom indicador econômico.
Como o Índice Big Mac é calculado
Para calcular o Índice Big Mac, a The Economist coleta dados sobre o custo de um Big Mac em diferentes países do mundo. Em seguida, eles usam esses dados para calcular as taxas de câmbio.
Portanto, o cálculo do Índice Big Mac é feito da seguinte forma:
Índice Big Mac = (preço do Big Mac no país A) / (preço do Big Mac nos EUA) * 100
Parece assustador e confuso, mas depois do exemplo, tudo ficará mais claro.
Exemplo de cálculo
Um Big Mac custa 22,90 reais no Brasil e US$ 5,58 nos Estados Unidos. A diferença entre essa taxa e a taxa de câmbio real, 4,76, sugere que o real brasileiro está 13,7% subvalorizado.
Em julho de 2022, a The Economist atualizou o índice Big Mac para usar o preço dos EUA fornecido pelo próprio McDonalds. A metodologia de cálculo do índice ajustado pelo PIB também foi alterada, e a história completa agora será ajustada com cada atualização do PIB do FMI. Ambas as versões do cálculo estão disponíveis para análise.
Conexão com o mercado de criptomoedas
Ainda não há nenhuma ligação entre o índice Big Mac e as criptomoedas. Mas alguns analistas acreditam que as criptomoedas poderão em breve ter um impacto sobre o índice. Como elas são capazes de tornar o comércio internacional mais barato. E isso pode levar a um aumento nos volumes de comércio entre países e afetar os preços de bens e serviços.
Outro fator é que as criptomoedas podem se tornar um meio de pagamento popular para esses bens e serviços. Isso aumentará a demanda por criptomoedas e poderá afetar os preços.
Atualmente, as criptomoedas não têm impacto sobre o índice Big Mac. Mas se a popularidade das criptomoedas continuar a crescer, elas poderão ter um impacto maior sobre o índice no futuro.
A propósito, em outubro, as taxas de transação na rede Bitcoin subiram para uma média de 0,00017510 BTC (US$ 6,08) e ultrapassaram o preço do Big Mac.
O impacto do índice na economia
A “Burgernomics” nunca teve a intenção de ser uma medida precisa do desalinhamento da moeda, mas apenas uma ferramenta para tornar a teoria das taxas de câmbio mais compreensível. No entanto, o Índice Big Mac se tornou um padrão global, entrou em vários livros didáticos de economia e foi objeto de dezenas de estudos acadêmicos. Para aqueles que levam o fast food mais a sério, a The Economist também calcula uma versão gourmet do índice.
Conclusão
O Índice Big Mac é uma maneira interessante e fácil de comparar o valor das moedas de diferentes países. Entretanto, ele tem uma série de limitações que devem ser consideradas ao usá-lo. Apesar disso, o Índice Big Mac é uma ferramenta comparativa muito interessante.
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